Carnaval de Rio 2012

OH, OH, OH OH! le thème de Mangueira « chegou*! »

*est arrivée

L’école aux couleurs les plus emblématiques du brésil, nous présente son thème pour le défilé du carnaval de Rio 2012.
La verte et rose, va retracer la création du carnaval de Rio et son évolution à travers l’histoire du bloc de « Cacique de Ramos » et du thème :

"Vou festejar, sou Cacique, sou Mangueira"

(Je vais le fêter, je suis Cacique, je suis Mangueira)

Composer par la Beth Carvalho, Sérgio Cabral et Bira Presidente, Mangueira fera donc lors de ce défilé, un hommage aux anciens carnavals.

Synopsis à la suite:

Tudo começou na África, num tempo em que eu era ainda moço e minha tribo estava a mercê do perigo e os sacerdotes cuidavam de expulsar com reza forte as vibrações de má sorte que rondavam nossa morada. Lembro-me que os mensageiros da morte vieram de longe, do outro lado das águas, talvez, não tinham sequer no corpo o bronze da nossa pele, não tinham os lábios carnudos, eram estranhos em tudo! E até mesmo esses detalhes que constroem a nossa face, neles eram diferentes. Juro que inocente, pensei até em disfarce. Conduzido pela dor, fui levado prisioneiro ao traiçoeiro Negreiro, o reino da apatia. Lá, sujeito as doenças e a fome que habitavam aquele porão sombrio, caí no mais denso e frio estado de melancolia. E era como um açoite, a escuridão da noite, toda vez que ela chegava. E eu sofria pesadelos, acordava assustado. Ainda na inocência, confundia a luz da vidência com as trevas dos maus presságios. Ao desembarcar, os pés feridos, descalços, vi quando o sal do oceano espalhou-se sobre o chão molhado desenhando uma linda concha do mar e, ouvi a voz de Iemanjá me falar: este « Mundo » é o teu « Novo » lar! Prepara-te, o teu futuro te reserva coisas lindas, surpresas te virão ainda. Já em terra firme, nos primeiros anos depois que saí da minha terra, suportei a mão pesada da escravidão e as feridas da solidão. Certa vez, escondido pelo breu da noite, resolvi caminhar na mata. Eu já andara bastante. Com a respiração ofegante, parei pra descansar um instante.

E o sono foi me apagando, a cabeça meio tonta, eu já nem me dava conta do perigo de dormir longe da senzala, do povo da minha tribo, sem a proteção de um abrigo. E ali sonhei meu destino. No sonho um guerreiro caçador, o cacique dos índios, passeava naquelas terras e me viu sentado sob uma tamarineira que ele havia plantado no seu tempo de menino. Sentou-se ali do meu lado, desenhou com seu arco, no chão, uma pequena flecha e, com amabilidade, perguntou a minha idade, quis saber em que cidade eu havia nascido. E eu, me sentindo aà vontade lhe falei dos deuses iorubás, da minha terra natal, do cordão umbilical, do rio da minha aldeia. E ele, com calma, me falou do poder das folhas e das raízes que transformam em cicatrizes ferimentos e mordeduras de aranhas e de serpentes; dos banhos quentes de algumas ervas e sementes, que curam até os doentes de alma. Ao voltar pra senzala era como se meu coração tivesse fala. O Rio de Janeiro era o meu novo terreiro e nas batucadas, nas festas, na alegria das ruas, nas brincadeiras do povão, encontrei meu destino e enganei a solidão. Quando o Entrudo chegava uma maravilha de ruídos invadia as ruas, um barulho encantador que contrastava com a sujeira reinante. Divertidas batalhas com limão de cera, água e farinha branca atiradas entre os participantes aconteciam a todo instante. Zé-pereira, bumbos, rostos e bumbuns de negros azucrinando nas praças e no passeio público, zombando, se divertindo, enquanto a viola chorava e espinoteava espantando a tristeza. E tudo era instrumento, flauta, violões, pandeiros, latas, gaitas, frigideiras de ferro, caixotes e trombetas. Instrumentos sem nome, inventados subitamente no delírio da improvisação, do ímpeto musical, na força do sentimento. Já que batucar na cozinha Sinhá não deixava, o nosso canto ecoava nas senzalas e invadia as ruas. Aliás, na rua do Ouvidor, na rua Direita ou no Largo de São Francisco tudo era canto e os sons sacudiam e movimentavam as vestimentas de cores vivas, ardentes, dançando e tateando os corpos que exalavam o doce perfume da alegria.

A elite fazia biquinho e implicava, chamava nossa festa de selvagem e brutal e que o verdadeiro carnaval estava nos salões da nobreza de Paris e Veneza. Discriminada e com as autoridades policias no encalço, a turma dos descalços e descamisados tratou de arrumar um jeitinho para continuar festejando. Com um olho no padre e outro na missa lutamos dançando, dançamos rezando e rezamos cantando. As festas, celebrações e procissões dos brancos, agora, serviam como máscaras e disfarces. Por trás delas festejávamos nossas entidades sagradas e batucávamos até o sol raiar. Organizados em Cordões carnavalescos, cantadores e dançarinos, palhaços, a morte, os diabos, os reis, as rainhas, as baianas, os morcegos e os índios também entraram na dança e colocaram a polícia pra dançar. No noturno da Praça Onze, ali mesmo na nossa « Pequena África », os desfiles do Pastoril e dos Maracatus em louvor à Ciata D’Oxum, a tia-mãe-baiana dos festejos, se tornaram a sensação e os luxuosos Ranchos cantadores, dominados pelos negros e castanhos, rompiam a massa colorida em grande animação. Para matar a sede dos cantadores e dos berradores, os refrescos de coco, os gelados de abacaxi e limão. Para a fome, bolos de fubá, pé de moleque, alcaçar, tapioca, manauê e feijoada no caldeirão. Mascarada, a elite branca se esbaldava no luxo dos salões, nos desfiles dos corsos e das grandes Sociedades. O povo preto e pobre, barrado no baile burguês, continuou dono das ruas e vielas como legítimos senhores da folia. Música, fanfarra, préstito, maxixe e, finalmente, de semba se fez samba. Abençoadas por Nossa Senhora do Rosário, na Festa da Penha, as negras suspendiam as saias rodadas e dançavam, nos requebros das ancas, no arranco das umbigadas. Enquanto os senhores rezavam na parte alta das escadarias, na parte de baixo, a sensualidade era religiosa, o ritmo dos batuques era sacerdotal e feiticeiro. Ali desaguavam os cantos e as melodias de todo o povo brasileiro e os compositores da primeiríssima geração de sambistas, testavam a popularidade do seu cancioneiro.

O tempo passou. A cidade se transformou em uma selva de pedra onde a « Onça » reinava absoluta e era a principal atração. « Vejam todos presentes, olha a empolgação, este é o Bafo da Onça que eu trago guardado no meu coração ». Até que um dia, um « Cacique » bamba entrou na folia e dividiu a tribo do samba sem vacilação. « Foi lá no fundo do seu quintal que o samba pegou moral e agitou a massa, e o povo voltou a cantar e sorrir, caciqueando aqui e ali, abrindo o coração pro amor ». De repente as ruas esvaziaram-se! Será que a « Onça » vacilou, foi beber água de cheiro e se afogou?! Até mesmo o bravo « Cacique » parecia cansado das batalhas de confetes e desanimou! Para onde teria ido a alegria? Onde estaria a espontaneidade que transformava cem pessoas saídas de um bairro em quinhentas, em mil, sem ninguém se conhecer? Mas o samba é eterno, não tenho medo de responder! Ele até pode agonizar, mas jamais irá morrer! A « Onça » marcou bobeira e não mais saiu da toca, mas o « Cacique », malandro, mudou de oca, foi fazer morada à sombra de uma tamarineira e ali no subúrbio da Leopoldina, abençoado por Oxossi, o pagode ecoou vindo do « Fundo do Quintal » e embalado por banjos, repiques, tantãs e pandeiros conquistou o Brasil inteiro. « Batam palmas, gritem, soltem a voz. Pra manter o pique só depende de nós »! O carnaval, a partir daí, não terminava mais na quarta-feira de cinzas. Quase sem querer, ele se fragmentou em diversas festas nos lares das famílias simples, em animadas rodas de samba, em batuques sobre mesas de bares, confirmando que a tribo do samba ainda queria apito, sem necessariamente o pau ter que comer! Isso tudo já faz muito tempo. Hoje eu chego com o vento e volto aos pés da velha tamarineira, sento-me novamente ao lado do guerreiro e de Oxossi em saudação ao meio século de história do cacique de Ramos. Nós somos as raízes e o Cacique é o tronco desta árvore que deu frutos como Jorge Aragão, Almir Guineto, Arlindo Cruz, Dicró, Mauro Diniz, Zeca Pagodinho, Luis Carlos da Vila e Neguinho da Beija-Flor, entre outros nomes, além da dindinha Beth Carvalho um bendito fruto feminino entre tantos homens.

Salve a tribo dos bambas; esse « Doce Refúgio » de pagodeiros e malandros no bom sentido da palavra. A tribo que bate tambor e faz ecoar o surdo de primeira pra saudar a sagrada tamarineira e confirmar que o bom samba também mora em Mangueira. Afina, « onde eu cheguei, nem um mortal chegou, modesta parte nessa arte, Deus me consagrou e o meu canto ecoou por todo universo, até em Marte o meu samba fez sucesso! » Por tudo isso vou festejar, pois sou Cacique, sou Mangueira! Boa sorte a todos compositores.

Traduction automatique en français!:

Tout a commencé en Afrique, à une époque où j’étais jeune et ma tribu a été à la merci du danger et les prêtres ont pris soin d’expulser prie avec de fortes vibrations de la malchance qui parcouraient notre maison. Je me souviens des messagers de la mort sont venus de loin à travers les eaux, peut-être même pas eu le corps de notre peau en bronze, des lèvres pleines étaient pas, ils étaient étrangers à tous! Et même ces détails qui composent notre visage en eux étaient différentes. Je jure que innocent, je pense, même dans le déguisement. Poussé par la douleur, fut fait prisonnier à l’esclave perfide, le royaume de l’apathie. Là, soumis à la maladie et la faim qui ont habité ce sous-sol sombre, je suis tombé dans un état plus dense et froid de la mélancolie. Il était comme un fouet, l’obscurité de la nuit, chaque fois qu’elle entrait. J’ai souffert de cauchemars, se réveilla effrayé. Aussi dans l’innocence, mêlée à la lumière de l’obscurité de pressentiment clairvoyance. Après l’atterrissage, le pied blessé, pieds nus, j’ai vu l’océan quand le sel épandu sur le sol humide en traçant une belle coquille de mer, et a entendu la voix de Iemanjá me dire: ce «monde» est votre «nouvelle» maison! Préparez-vous, votre avenir réservera de belles choses, vous aurez toujours des surprises. Déjà sur terre, dans la première année après que j’ai quitté ma terre, a supporté la lourde main de l’esclavage et les blessures de la solitude. Une fois caché par l’obscurité de la nuit, j’ai décidé de marcher dans les bois. J’ai marché assez. À bout de souffle, je me suis arrêté pour se reposer un moment.

Et le sommeil j’ai été la suppression, la tête un peu étourdi, je n’ai pas, j’ai réalisé le danger de dormir loin des quartiers d’esclaves, les gens de ma tribu, sans la protection d’un abri. Et là, je rêvais mon destin. Dans le rêve, un chasseur guerrier, le chef des Indiens, marcha dans ces terres et m’a vu assis sous un tamarinier, il avait planté dans son enfance. Il était assis là dans ma main, tira son arc sur le sol, une petite flèche, et gentiment demandé à mon âge, a voulu savoir dans quelle ville je suis né. Et je me sens à l’aise pa lui a dit des dieux Yoruba, ma patrie, le cordon ombilical, la rivière de mon village. Et il m’a dit calmement sur la puissance des feuilles et des racines qui se transforment en cicatrices et les plaies des morsures d’araignées et les serpents, les bains chauds de quelques herbes et de graines, la guérison aux malades de l’âme. Retour à la quartiers des esclaves fut comme si mon cœur avait parlé. Le Rio de Janeiro a été dans ma cour nouveaux et de tambour dans la fête, la joie dans les rues, jouent dans la foule, j’ai trouvé mon destin et de la solitude mal. Quand le carnaval est venu une merveille de bruit envahissant les rues, un bruit charmant qui contraste avec la décision de la saleté. Divertissement bataille avec de la cire de citron, l’eau et la farine blanche jetée parmi les participants qui s’est passé tout le temps. Ze-poire, une basse, des visages noirs et les mégots dans les rues et ramasser sur la promenade, rire, s’amuser, tandis que les pleurs espinoteava viole étonnante et la tristesse. Et ce fut l’instrument, la flûte, guitares, des tambourins, des canettes, des tuyaux, des casseroles en fer, des boîtes et des trompettes. Instruments sans nom, soudain inventée dans la frénésie de l’improvisation, l’élan musical, la force des sentiments. Depuis tapant Sinha ne quittait pas la cuisine, notre musique fait écho dans les quartiers des esclaves et ont envahi les rues. En fait, le médiateur dans la rue, à droite dans la rue ou dans le coin Largo de São Francisco et tout tremblait et les sons déplacé leurs robes aux couleurs vives, de brûlure, de danse et tâtonnant corps qui dégageait le doux parfum de la joie.

L’élite était boudeuse et implicite, de notre parti a appelé sauvage et brutale, et que le Carnaval était la vraie noblesse dans les salons de Paris et Venise. Broken et la police dans la poursuite, le gang des pieds nus et torse nu essayé d’obtenir un peu de chemin à continuer la fête. Avec un oeil sur le prêtre à la messe et une autre danse combat, danse chanter et prier et prier. Les festivals, célébrations et processions de blanc, servant maintenant de masques et déguisements. Derrière eux, nous fêtions notre corps saints et batucávamos jusqu’au lever du soleil. Aménagé dans les cordons de carnaval, des chanteurs et des danseurs, des clowns, la mort, des diables, des rois, des reines, Bahia, chauves-souris et les Indiens ont également rejoint la danse et de mettre la police à la danse. Dans la nuit du Praça Onze, là, dans notre « Petite Afrique », les défilés et la Pastorale Maracatus Ciata en l’honneur de d’Oshun, la tante-mère-bahianais les festivités, est devenu le sentiment de luxe et chanteurs Ranchos dominée par le noir et le brun, cassant la masse dans l’animation colorée grande. Pour étancher la soif des chanteurs et des hurleurs, les boissons gazeuses, glace au coco ananas et de citron. Pour les gâteaux de semoule de maïs faim, kid pied, Alcacer, le tapioca et les haricots dans le pot de Manau. Maquillées, l’élite blanche pour s’offrir le luxe de salles, des défilés de défilés et de grandes entreprises. Les personnes noires et pauvres, exclus de la prom propriétaire est resté bourgeois de la rue et les ruelles comme légitimes seigneurs de réjouissances. Musique, fanfare, défilé, le concombre, et est finalement devenu la samba Semba. Béni par Notre-Dame du Rosaire, en la fête de Penha, suspendre les jupes noires et dansé dans les hanches vers l’intérieur de wooings RIP tourné. Tant que vous avez prié dans la partie supérieure de l’escalier, au fond, la sensualité était religieux, le rythme des tambours était un prêtre et un sorcier. Il coula les chants et les mélodies du peuple brésilien et de la toute première génération de compositeurs de samba, permettrait de tester la popularité de son répertoire.

Le temps a passé. La ville est devenue une jungle de béton où les «Oz» régnait en maître et a été l’attraction principale. «Regardez tous présents, regardez l’excitation, c’est le Souffle d’Oz que j’ai sauvé dans mon coeur je apporter. » Jusqu’à ce qu’un jour, un «chef» entré dans le rachitiques joyeuse et divisé la tribu de la samba sans hésitation. «Il était au fond de votre jardin que Samba a pris morale et agité les masses, et le peuple revint à chanter et sourire, le chef ici et là, ouvrant le cœur à l’amour. » Soudain, les rues vidé! Est-ce que « Oz » faibli, l’eau potable a été et s’est noyé odeur?! Même le courageux « chef » sonnait fatigués des batailles de confettis et de découragement! Où serait la joie allé? Où est la spontanéité que cent personnes se sont présentées d’un quartier de cinq cents, mille, sans que personne le sache? Mais la samba est éternel, n’a pas peur de répondre! Il peut même angoissant, mais il ne mourra jamais! Le « Oz » traîner et non plus marqués hors de la menuiserie, mais le «cacique», espiègle creuse changé, était de répondre à l’ombre d’un tamarinier et là sur la périphérie de Leopoldina, bénie par Oxossi, fait écho à la pagode de la  » l’arrière-cour « et emballés par des banjos, des carillons, des gongs et des tambours a remporté le Brésil. « Clap, crier, la voix détachée. Pour garder le brochet est à nous! » Le carnaval, à partir de là il a fini plus le mercredi des Cendres. Presque par inadvertance, il s’est fragmenté en plusieurs parties dans les maisons des familles simples, des cercles de samba animé, tambourinant sur les tables dans les bars, confirmant que la tribu voulait toujours sifflet de samba, sans nécessairement avoir à manger le bâton! C’est tout ce que il ya longtemps. Aujourd’hui je reviens avec le vent et le pied de vieux tamarinier, je m’assois à nouveau à côté du guerrier et Oxossi en guise de salutation à la demi-siècle d’histoire du chef de Ramos. Nous sommes les racines et le tronc de ce Cacique est l’arbre qui a porté ses fruits comme Jorge Aragão, Almir Guineto, Arlindo Cruz, DICRE, Mauro Diniz, Zeca Pagodinho, M. Luis Carlos da Vila et Neguinho Beija-Flor, entre autres noms, outre les Dindinha Beth un fruit béni de tant d’hommes des femmes.

Enregistrer la tribu des bancale; que «douce retraite» pour pagodeiros et des vagabonds dans le meilleur sens du mot. La tribu qui bat le tambour et les échos étouffés de la première à accueillir l’arbre sacré de tamarin et de confirmer que le bon vit également dans Mangueira samba. Tune », où je suis arrivé, non pas un mortel venu, modeste part dans cet art, Dieu et dédié ma chanson fait écho à travers l’univers, à ma samba sur Mars a été un succès! » Pour tout ce que je célèbre, parce que je suis chef, je suis flexible! Bonne chance à tous les compositeurs.

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